sábado, 27 de dezembro de 2008

Louvor e Invocação



Agostinho de Hipona

És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação quer louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te.
Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso.

Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer?
Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem?

Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue?

Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo.
Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu nome. Invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela humanidade de teu Filho e o ministério de teu pregador.

(Confissões, Agostinho de Hipona, capítulo I)

Um comentário:

Unknown disse...

Francis, você virou fã de C. H. Spurgeon!!!!
Estou pensando em ler o livro por aqui....kkk
Deveria espôr mais as idéias daqui...
Seu blog tem um teor evangelístico, diferente do meu( sempre com olhar crítico) meu blog é fruto de uma alma arísca, desconfiada; nunca gostei daqueles críticos, de olhar soberbo, que veêm tudo de um lugar previlegiado, gosto do termo usado por Gedeon, "intelectual orgânico", alguém de dentro que sofre todas as indiossincrasias do grupo!
Algumas pessoas não se sentem a vontade com minha "teologia" mas é uma forma concreta que encontrei de fazer com que realmente nossa fé possa ser pensada, e sermos quem realmente deveríamos ser.
Abraço.
Paz em Cristo.