sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Relembrando...

Sobre o Natal...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Por que celebramos o Natal

F. Solano Portela


Não encontramos na Bíblia a menção do termo NATAL, nem indicações de que os Cristãos primitivos celebravam o aniversário do nascimento de Jesus. Entretanto, quase que a totalidade do mundo Cristão comemora esta data no dia 25 de dezembro. Porque esta comemoração? É lícito celebrarmos uma festa que não é explicitamente citada na Bíblia?

Retroagindo na história da Igreja, vamos encontrar Clemente de Alexandria, no 2º século depois de Cristo, citando as diversas opiniões que existiam na ocasião, sobre a data do nascimento de Jesus. Ao fim do 4º século, já encontramos registros de que as igrejas promoviam trabalhos especiais, em comemoração conjunta ao nascimento e ao batismo de Cristo, que, segundo as opiniões da época, haviam ocorrido na mesma data, em anos diferentes. No 5º século, Agostinho escreveu o seguinte trecho: “...de acordo com a tradição, Ele nasceu no dia 25 de dezembro.” Esta tornou-se a data aceitável para as igrejas do ocidente, sendo que no oriente, a data observada é o dia 6 de janeiro.

Gradualmente a celebração do Natal foi assimilando vários costumes existentes nas nações que iam recebendo o Cristianismo. Muitos deste costumes, pagãos em origem, foram se transformando e, vencidos pelo Cristianismo, foram se enquadrando no espírito de Natal.

Os Reformadores do século XVI, aceitaram a celebração do Natal como uma legítima expressão de adoração Cristã, dando assim continuidade à tradição.

Hoje, alguns pequenos grupos de Cristãos não aprovam a celebração do Natal, quer pela falta de menção explícita na Bíblia, quer pelo número de regionalismos incorporados à celebração. Não achamos, entretanto, que a Bíblia aprove esta condenação à celebração. Pelo contrário, ela é enfática em sua colocação da importância histórica e teológica do nascimento de Cristo. Esta ênfase está evidenciada nos registros da adoração dos pastores (Lucas 2:8-12), nas dádivas recebidas dos Magos (Mateus 2:1-11) e nas admoestações de Paz e Boa Vontade expressadas pelos anjos (Lucas 2:13 e 14). Todos estes registros representam celebrações históricas do Natal.

Havendo a conscientização de que o Natal é antes de tudo nossa demonstração de gratidão pelo advento daquele que veio salvar a nós, pecadores; daquele que veio nos reconciliar com Deus; daquele que veio e venceu a morte, podemos dizer que assim o Natal estará sendo celebrado apropriadamente e de forma legítima.

Nós, Evangélicos, devemos utilizar esta ocasião como uma oportunidade dada por Deus para adorarmos a Ele e testemunharmos do Seu nome ao mundo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Hierarquia

Hirarquia

Diz que um leão ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.(1)
Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto.
Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: "Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojento.
Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!" E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: "Será que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim?
Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras."(2)

Moral: Afinal, ninguém é tão inferior assim.
Submoral: Nem tão superior, por falar nisso.

(1) Expressão que se usa para exprimir muitas e mais.
(2) Na grande hora psicanalítica, que soa para todos nós, a precisão de linguagem é fundamental.

(Millôr Fernandes, Fábulas Fabulosas)

Nossas ações repercutem na vida do outro, é como uma bola de neve, se agimos com cortesia, educação, alegria, paciência, brandura, o outro nos recepciona assim. Porém, se agimos contrariamente, com agressividade, rancor, raiva, dureza nas palavras, o outro nos tratará assim, ou pior, tratará o seu próximo deste modo, como eu disse; uma bola de neve.

Franci

sábado, 7 de novembro de 2009

O que é a igreja?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O casamento é importante?


Zig Ziglar


O antropologista britânico John D. Unwin dirigiu um estudo profundo sobre oitenta civilizações que nasceram e morreram durante um período de uns quatro mil anos. Dr. Unwin descobriu que uma ameaça comum ocorrida em todas elas. Em cada caso elas iniciavam-se com um ponto de vista conservador, que envolvia fortes valores morais e enfatizava o valor da família. Depois de certo tempo, a conduta conservadora tornava-se mais e mais liberal, os valores morais declinavam e a família sofria. Em cada caso, enquanto a família deteriorava-se a própria civilização desintegrava-se, e em todos os oitenta casos, a queda da nação foi relacionada com a queda da família. Na maioria dos casos a civilização decaiu dentro de uma geração, com a queda da união da família.

A pesquisa de Unwin revelou que quando um homem se apaixona por uma mulher, dedicando-se a cuidar dela, protegê-la e sustentá-la, ele de repente se torna o esteio da ordem social. Em vez de usar suas energias perseguir suas luxúrias e desejos, ele se esforça para construir um lar e poupa para o futuro, procurando conseguir melhor trabalho. Seus impulsos egoístas são inibidos, seus desejos sexuais são canalizados. Ele descobre um sentimento de orgulho, sim, orgulho masculino, porque ele é necessário à sua esposa e filhos. Todos se beneficiam com o relacionamento.

Quando a sociedade é composta por milhões de famílias, estabelecidas em uma moral de conduta saudável, a nação torna-se forte e estável. Força e solidariedade são as grandes contribuições que o casamento traz para as civilizações. Mas na ausência da obrigação familiar, a ruína é inevitável. Quando maridos e mulheres não têm motivos para juntar suas energias a fim de sustentar o lar, então abusam das drogas, do álcool, da promiscuidade sexual, há instabilidade no trabalho, e pode ser esperado um irreprimido comportamento agressivo na cultura. E a falta de energias objetivas é o começo do fim.


Extraído do livro “Namoro no Casamento”, de Zig Ziglar, Editora Maltese-norma, 1992.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Puro. E Simples

Clive Staples Lewis nasceu na Irlanda do Norte, em 29 de novembro de 1898. Embora seja conhecido como um dos maiores escritores cristãos do século XX, foi a partir de 2005 que ampliou sua notoriedade, graças à versão para cinema de um de seus livros de ficção: O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa, parte de As Crônicas de Nárnia.


O escritor irlandês iniciou seus estudos em 1916, no University College (Oxford). Parou para servir na Primeira Guerra Mundial, retornou e se formou em 1923. Entre 1925 e 1954 lecionou Literatura no Magdalen College e, depois, em Oxford.

Sua paixão pela leitura veio do berço. Sua família possuía uma biblioteca particular, que permitiu a Lewis e seu irmão mais velho estimularem a criatividade e ampliarem o conhecimento. Quando tinha apenas 10 anos, foi justamente nos livros que Lewis encontrou refúgio diante do falecimento prematuro de sua mãe.

Embora sua família fosse de origem protestante, aparentemente não era religiosa. Com o passar do tempo, Lewis afastou-se do cristianismo, abandonando-o. Mas foi justamente em Oxford que passou a conviver e se tornou amigo de grandes escritores como J. R. R. Tolkien e T. S. Eliot, que o reaproximaram da fé cristã.

A experiência da conversão, ocorrida em 1929, é relatada na autobiografia Surprised by Joy (Surpreendido pela Alegria). Pouco tempo depois, Lewis escreveu uma de suas maiores obras relacionadas ao cristianismo: Mere Christianity (traduzido em português como Cristianismo Autêntico e, posteriormente, como Cristianismo Puro e Simples).

Inicialmente uma palestra transmitida através do rádio – meio que levou C. S. Lewis à popularidade, tornando-o conhecido como o “apóstolo dos céticos” – a obra foi dividida e publicada em três partes (em 1942, 1943 e 1944). Revisada pelo próprio autor, foi novamente reunida e publicada integralmente.

Logo no prefácio, o escritor irlandês deixa claro: “Não lhe direi se deve ser anglicano, batista, católico romano, metodista ou presbiteriano (...) Não estou tentando, neste livro, converter ninguém à minha posição”. E, ao responder à pergunta-título do capítulo “O Cristianismo é Fácil ou Difícil?”, talvez resuma a essência do ensinamento cristão, que deveria estar acima (ou ser a base) de estudos teológicos e teorias: “A Igreja existe (...) só para levar homens a Cristo e fazer deles pequenos Cristos. Se isto não acontece, todas as catedrais, clérigos, missões, sermões e a própria Bíblia são pura perda de tempo. Deus não se fez homem para outro fim”.

Fábio Davidson, cristão protestante, é formado em jornalismo. Criou e mantém o blog DoxaBrasil: http://doxabrasil.blogspot.com


P.S.: Estava achando que teria que comprar o livro "Cristianismo puro e simples" mas, descobri que o livro que eu tenho " Cristianismo autêntico" é a mesma coisa, ainda bem, menos um livro para comprar...

A realidade da lei

C. S. Lewis

"Certas pessoas dizem que, apesar de a boa conduta não ser o que traz vantagens para cada pessoa individualmente, pode significar o que traz vantagens para a humanidade como um todo; e, portanto, a coisa não seria tão misteriosa.
Os seres humanos, no fim das contas, possuem algum bom senso; percebem que a segurança
e a felicidade só são possíveis numa sociedade em que cada qual age com lealdade, e é por perceber isso que tentam conduzir-se com decência. Ora, é perfeitamente verdadeira a ideia de que a segurança e a felicidade só podem vir quando os indivíduos, as classes sociais e os países são honestos, justos e bons uns com os outros. E uma das verdades mais importantes do mundo. Ela só não consegue explicar por que temos tais e tais sentimentos diante do Certo e do Errado. Se eu perguntar: "Por que devo ser altruísta?", e você responder: "Porque isso é bom para a sociedade", poderei retrucar: "Por que devo me importar com o que é bom para a sociedade se
isso não me traz vantagens pessoais?", ao que você terá de responder: "Porque você deve ser altruísta" - o que nos leva de volta ao ponto de partida. O que você diz é verdade, mas não nos faz avançar. Se um homem pergunta o motivo de se jogar futebol, de nada adianta responder que é "fazer gois", pois tentar fazer gois é o próprio jogo, e não o motivo pelo qual o jogamos. No final, estamos dizendo somente que "futebol é futebol" - o que é verdade, mas não precisa ser dito. Da mesma forma, se uma pessoa pergunta o motivo de se agir com decência, não vale a pena responder "para o bem da sociedade", pois tentar beneficiar a sociedade, ou, em outras
palavras, ser altruísta (pois "sociedade", no fim das contas, significa apenas "as outras pessoas"), é um dos elementos da decência. Tudo o que se estará dizendo é que uma conduta decente é uma conduta decente.
Teríamos dito a mesma coisa se tivéssemos parado na declaração de que "As pessoas devem ser altruístas". E é nesse ponto que eu paro. Os homens devem ser altruístas, devem ser justos. Não que os homens sejam altruístas ou gostem de sê-lo, mas que devem sê-lo. A Lei Moral, ou Lei da Natureza Humana, não é simplesmente um fato a respeito do comportamento humano, como a Lei da Gravidade é ou pode ser simplesmente um fato a respeito do comportamento dos ob-jetos pesados. Por outro lado, não é mera fantasia, pois não conseguimos nos desvencilhar dessa ideia; se conseguíssemos, a maior parte das coisas que dizemos sobre os homens seria absurda. Ela também não é uma simples declaração de como gostaríamos que os homens se comportassem para a nossa conveniência, pois o comportamento que taxamos de mau ou injusto nem sempre é inconveniente, e, muitas vezes, é exatamente o contrário. Consequentemente, essa Regra do Certo e do Errado, ou Lei da Natureza Humana, ou como quer que você queira chamá-la, deve ser uma Verdade - uma coisa que existe realmente, e não uma invenção humana. E, no entanto, não é um fato no mesmo sentido em que o comportamento efetivo das pessoas é um fato. Começa a ficar claro que teremos de admitir a existência de mais de um plano de realidade; e que, neste caso em particular, existe algo que está além e acima dos fatos comuns do comportamento humano, algo que no entanto é perfeitamente real - uma lei verdadeira, que nenhum de nós elaborou, mas que nos sentimos obrigados a cumprir. "

Fonte: C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples, Martins Fontes: 2005. Cap.: " A realidade da lei" pág. 14.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alunos, casamento, Ágata, Ônix...

Faz 1 semana, que não escrevo, nem posto nada. Para aqueles que estão curiosos para saber o desfecho da história do dia 22 digito o seguinte:
minha relação com os alunos mudou, mudou para melhor. Agora eles estão mais carinhosos comigo, digo os menores, os maiores estou aprendendo a lidar com eles, como também, eles comigo...

No mais mil maravilhas, dia 25 fiz aniversário de casamento ( 6 anos), fomos ao Misuki, um restaurante japonês de S.G., foi ótimo; sair, respirar outros ares, faz bem para a relação, ficamos mais próximos...
Só tem uma coisa, não gostei de sushi, quase vomitei, (mas comi todos, não podemos desperdiçar comida, rsrrs).

Também nesse dia adotei uma gatinha SRD ( a Ágata) que apareceu na casa da minha cunhada Isabella, ela disse que foi o meu presente de casamento, rsrsrs, na verdade acho que foi o presente do Ônix (meu cachorro) ele se apaixonou pela gata, está muito engraçada a relação dos dois, ele adora ficar lambendo a gatinha; além de levar a bolinha para ela, tentar carregá- la pelo pescoço, ficar olhando para ela com cara de bobão...

Acho que foi por isso que não consegui postar nada nessa semana...

Franci

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desabafo...


Hoje dando aulas vi o quanto sou sensível e fiquei me peguntando se isso era bom ou ruim e também que imagem passei para os alunos. Fiquei com três turmas no segundo tempo (o certo seria uma), pois duas professoras fizeram rolo, a turma ficou lotada, os alunos ficaram mais debochados e irritantes do que o normal, me azucrinaram tanto que tive de colocar três para fora de sala. Os que ficaram tiraram o dia para mexer com o interior da professora de reforço de matemática, me chamaram de chata, perguntaram o dia que eu dava aulas para eles faltarem nesse dia, passaram bilhetinhos com coisas ao meu respeito, etc.
Abaixei a cabeça e comecei a orar pedindo forças e paciência ao Senhor, sinceramente minha vontade era tacar alguma coisa neles, como não podia e não posso fazer isso abaixei a cabeça e orei, mas com a oração veio a vontade de chorar e da vontade veio a realização, comecei a chorar, não consegui me conter ou disfarçar. As crianças me viram chorando e imediatamente vieram saber o que estava acontecendo comigo, um começou a acusar e a culpar o outro pelo meu choro, eu no entanto só conseguia chorar e rir ao mesmo tempo...
Só sei que no final eles ficaram quietos, a maioria dos alunos ficou sabendo do meu choro, assim como uma professora que veio me perguntar o que tinha acontecido, na verdade não soube explicar direito, foi uma junção de sentimentos devido a situação em que estava. Alguns alunos me pediram desculpas...
Agora só penso o que esse ato pode causar...
Tenho que esperar até segunda-feira...

Franci

sábado, 17 de outubro de 2009

Canção de C. S. Lewis

.

Se eu encontrar em mim desejos
que nada neste mundo pode satisfazer,
Eu só posso concluir
que eu não fui feito para este lugar.
Se a minha luta contra a carne é na melhor das hipóteses apenas leve e momentânea
Então é claro que eu me sentirei nua quando comparada com o lugar para onde estou destinada.

Refrão:
Fale comigo na luz da alvorada
Misericórdia vem com a manhã
Eu suspirarei e com toda a criação gemerei
enquanto espero a esperança vir para mim

Eu estou perdido ou apenas encontrado?
No caminho reto ou...
Na rotatória do caminho errado?
Existe uma alma que se move em mim,
ela está se libertando, querendo se tornar viva?
Porque o meu conforto me faz preferir ficar dormente
E evitar o vindouro nascimento
de quem eu nasci para me tornar

Refrão

Porque nós, nós não estamos aqui por muito tempo
Nosso tempo é apenas um fôlego,
então é melhor respirá-lo
E eu, eu fui feita para viver
Eu fui feita para amar,
Eu fui feita para Te conhecer
A esperança está vindo pra mim
Esperança, Ela está vindo pra mim
A esperança está vindo pra mim
Esperança, Ela está vindo pra mim

.

Musicada por Brooke Fraser

sexta-feira, 16 de outubro de 2009



Apóstolos (André Dahmer)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dano espiritual

A. W. Tozer


Há áreas em nossas vidas em que, no nosso esforço para fazer o certo acabamos errando, tão errado que chegamos ao ponto de dano espiritual. Isso acontece em situações como:

1. Quando na nossa determinação de ser ousados nos tornamos atrevidos.

2. Quando no nosso desejo de tornar francos nos tornamos grosseiros.

3. Quando no nosso esforço para ser atenciosos nos tornamos desconfiados.

4. Quando queremos nos tornar sérios, mas tornamos sombrios.

5. Quando desejamos ser cuidadosos, mas viramos fiscalizadores.


A. W. Tozer, That Incredible Christian.

Urro do Leão

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Paramaecium

Em 2001 o Fox (talvez ele nem se lembre) me emprestou uma fita k7 do paramaecium eu ouvi, gravei e adorei! E ele me emprestou justamente o álbum Within the ancient forest (Dentro da floresta ancestral), o que mais gosto!
Hoje fazendo pesquisas descobri que os cds são histórias e este álbum rendeu um livro do vocalista da banda Andrew Tompkinse e é a mesma contada (e cantada) no CD homônimo da banda. Em um mundo de fantasia medieval o conto narra a jornada de De-Nyl em busca da Garensword, uma espada lendária que seria capaz de restaurar a vida aos mortos. A Árvore do Fogo queima, enquanto De-Nyl enfrenta muitos perigos para chegar ao seu objetivo final: A natureza da vida e o segredo da imortalidade.

Segue aí a música:

Darkness Dies (tradução)

Vozes distantes começam a cantar, "Agora o fogo está queimando, deixe o fogo se espalhar, para que aqueles que pensam que vivem descubram que estão mortos. Durante eras, durante séculos, foram tomados muitos nomes para o Espírito do Antigo é o fogo dentro das chamas. Deixe a humanidade queimar com o fogo do Espírito."
Seguindo o caminho dourado na direção da Árvore em chamas eu paro antes de entrar para dentro das muralhas do castelo. Enquanto a escuridão morre, a luz da verdade é revelada. Eu dobro os joelhos para orar perante o trono da vida.

"Eu acompanhei a sua jornada com um grande interesse" disse o Rei enquanto eu levanto os meus olhos e encontro com os olhos dele. "Muitos estiveram aqui onde você está e muitos estarão aqui nos próximos dias

A Árvore-fogo, a árvore que queima e nunca é consumida. A Árvore-fogo sobre a qual um homem morreu para trazer vida à humanidade

Quem era ele, aquele homem que morreu? Quem era ele? "Aquele homem era Deus"

Eu vim perante o trono procurando a verdade e a vida, mas, como tudo na minha vida começou a se arrumar, eu aprendi do Rei que na morte há vida; morrer para si mesmo é a verdade da salvação e a vida eterna.

O Rei ainda me dirigiu mais uma frase "Antes você era seu, mas agora você é meu. Você tem a minha permissão para morrer. Vá agora em morra para você mesmo"
E com isso, em obediência ao Rei, eu mergulhei o pé no lago, deixando lá as minhas velhas roupas e indo além das profundidades, conforme a água me cobria. Naquele dia, eu entrei em uma nova vida e, na presença do poderoso Rei, nasci de novo.

Franci

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Até quando?

Crianças estão sendo mortas na África. São acusadas de feitiçaria.
Seitas evangélicas proliferam-se.No entanto, não fazem nada. A situação só piora...
"Na onda de medo das crianças-feiticeiras que se apoderou do Congo a partir dos anos 90, não por acaso um período de guerra civil, miséria e desintegração, aliam-se antigas crendices africanas com a ação dos pregadores pentecostais e sua ênfase nos artifícios do demônio."¹

Vi este video no blog do Lelo
E peço que vocês vejam também!




Segue mais uma reportagem:

Em Kinshasa, até a década de 1980, não se falava de crianças afastadas de suas famílias por serem consideradas feiticeiras. Mas, com a chegada das seitas religiosas e o êxodo causado pela guerra, o fenômeno se disseminou. A ponto de criar um exército de dezenas de milhares de meninos de rua, lutando todos os dias para sobreviver

de Danilo De Marco

Nestas páginas, imagens dos meninos de rua no bairro de Matete, em Kinshasa, onde proliferam centenas de seitas religiosas cristãs que, especulando com o desespero das pessoas, criaram o fenÔmeno dos “meninos-feiticeiros”
Os trinta quilômetros que separam o aeroporto de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, do bulevar “Trinta de Junho”, única artéria central da cidade, obrigam quem chega a uma imersão forçada na citéý a imensa e desconfortável megalópole pobre, formigueiro fervilhante de quase seis milhões de habitantes. A situação é tão degradada e o governo tão corrupto, que até os miseráveis que enchem as ruas, todos os dias as mesmas ruas, para angariar algum trocado dos motoristas, pagam tributo regularmente à polícia. A vida nas ruas de Kinshasa é dura. Apesar disso, estima-se que mais de quarenta mil meninos de rua vivem sem eira nem beira, sem saber o que poderão comer durante o dia, onde irão dormir, como se arranjarão na noite incerta e perigosa. Um “exército de rua” que não faz parte da realidade cultural do ex-Zaire, e que se desenvolveu inicialmente entre as décadas de 1980 e 1990, quando o regime de Mobutu Sese Seko, depois de trinta anos, começava a desintegrar-se. Um fato social derivado sobretudo da perda dos valores tradicionais do vilarejo africano, da família alargada, incrementado por uma situação econômica cada vez mais catastrófica, pela guerra ainda efervescente no nordeste, apesar do acordo de paz firmado pelas facções beligerantes em 17 de dezembro, em Pretória.
Ndokiýsignifica feiticeiro em língua indala. A doença de um parente, a perda do emprego, uma colheita ruim geralmente são atribuídos a feitiçaria. É preciso haver explicações para uma morte, pior ainda se for de um jovem - o africano não compreende a morte de uma pessoa jovem. A causa é sempre o mau-olhado de alguém ou um feitiço. Até os pesadelos suscitam suspeitas. Numa situação estagnada nas condições mais miseráveis, quando famílias com dezenas de filhos não conseguem mais se sustentar, torna-se possível acusar até o próprio filho de ser ndoki... feiticeiro endemoninhado. Assim, muitos jovens não suportam viver sobrevivendo. Nessas condições, a rua acaba por ser para eles o lugar da liberdade, o ambiente e o principal meio de socialização que substitui a família, tanto como integração quanto como proteção social.
ý crença na feitiçaria está espalhada por toda a África, mas nunca se falou em crianças feiticeiras em Kinshasa. Esse fenômeno só cresceu a partir da década de 1980, com a chegada das seitas religiosas e o êxodo rural forçado devido à marginalização econômica e à guerra. As seitas souberam interpretar muito bem a psicologia do africano, que acredita na palavra e não nos fatos. Uma religião fácil, exaltada, que se pode comprar por um dólar, acompanhada por milagres ao vivo e as massas cantando. Os pastores dessas seitas, que hoje são uma multidão, começaram a prometer soluções milagrosas e salvadoras. Quando não acontecem, é fácil acusar um dos filhos das famílias sempre numerosas de ser o responsável, de praticar a arte da feitiçaria, provavelmente apontando para o mais fraco.
Para qualquer desgraça familiar é preciso encontrar um culpado. No ano passado, centenas de jovens foram expulsos de casa em Mbuji-Mayi, uma cidade mineira, acusados de rogar uma praga que fez cair o preço dos diamantes. As crianças são acusadas de todo tipo de coisa, até de comer suas vítimas, depois de as matar. Hoje em dia, a maior parte dos meninos de rua vêm dessas experiências familiares. Mas a situação degenerou de tal forma que até em famílias de melhor condição econômica esses casos já não são raros.
Para meninos e meninas, a vida nas rua é... a liberdade, depois da experiência traumática que tiveram em suas famílias. Com o passar do tempo, o espaço aberto das ruas e a possibilidade de fazer o que desejam torna-se insubstituível. Só acompanhando o ritmo frenético desses meninos, indo de cá para lá o tempo todo, podemos começar a compreender seu estado de liberdade: é uma liberdade “apesar de tudo”. Já há meninos de rua com apenas quatro anos de idade. A vida é dura, caracterizada para todos por insegurança, homossexualidade, abusos, prostituição, drogas, maus-tratos e injúrias. Em Matete, um dos bairros mais populosos de Kinshasa, eixo de pobreza em que vivem mais de 200 mil pessoas, grande parte dos meninos de rua dorme à noite nas bancas dos mercados e nos parques públicos, alguns se encontram na velha estação ferroviária de Matete, em ruínas, mas ainda com o teto de chapas. Para todos eles a noite significa angústia e incerteza. Durante o sono, passantes mal-intencionados os chutam, atiram pedras, chegam a apagar cigarros em seus corpos. A própria polícia costuma tratar com violência esses pequenos ladrões. Os abusos e maus-tratos que os meninos e meninas de rua sofrem derivam de seu próprio regime de vida, centrado na violência. Os mais velhos roubam o dinheiro dos mais novos, forçam-nos a relações sexuais, hetero e homossexuais, e os punem por seus erros ou para acertar contas. Esses gestos são cometidos muitas vezes sob efeito de drogas, como maconha, álcool, solventes, drogas pesadas (heroína), valium, que se encontram facilmente no mercado a preços baixíssimos.
Ao lado do problema dos meninos de rua, há o dos meninos-soldados, fenômeno que se desenvolveu sobretudo nas regiões do nordeste do Congo, onde a guerra devastou territórios, massacrou animais (mais de nove mil gorilas foram mortos, correndo risco de extinção) e aterrorizou a população. A maior parte dos meninos-soldados não sabe ler. Arrancados com violência de suas carteiras na escola aos 7, 8 anos, armados com fuzis e metralhadoras às vezes maiores do que eles mesmos, passaram ainda crianças por todo tipo de experiência: mulheres, drogas, álcool. Ser militar, no Congo, mesmo aos oito anos, significa mandar, significa ter todos os direitos que o civil não tem, até mesmo o direito de matar. Em 1997, quando Kabila derrubou Mobutu, um enorme exército de meninos-soldados entrou em Kinshasa, todos em fila indiana, como formigas, depois de percorrer mais de dois mil quilômetros a pé. Há hoje um projeto de desmobilização e reintegração desses meninos, que já têm quase dezoito anos, mas resta o grande problema do que fazer com eles, na atual condição social e econômica do Congo. Além disso, esses jovens não querem ser desmobilizados, e mantêm ainda hoje duas identidades, uma com o nome que tinham como soldados e outra com o civil. Ou seja, sentem-se ainda soldados, fortes, poderosos e superiores aos meninos de rua da sua idade, que desprezam.
meninos de rua em Kinshasa
Meninos de rua e meninos-soldados. Existe mais uma relação entre esses meninos e a sociedade: por enquanto ainda não se formaram bandos organizados, mas os primeiros filhos dos meninos de rua começam a crescer. Uma bomba que deve explodir num futuro próximo. O que se pode esperar de jovens maltratados pela sociedade, abandonados, violentados, obrigados a matar ainda muito novos, na maioria das vezes sem uma razão, a não ser a que não conhecem, proteger os privilégios dos senhores da guerra?
Em torno das riquezas minerais do Congo, continua em andamento a “primeira guerra mundial africana”: ouro, diamantes, tungstênio, mas sobretudo o coltan, de cujo refino se extrai o tântalo, elemento indispensável para fabricar condensadores que se encontram em qualquer computador, palm-top, telefone celular, playstation. Sem o coltan, o mundo tecnológico pararia logo.
Como escrevia o New York Time Magazine, “a história do coltan parece clara: a globalização estava causando a ruína de um país desesperado. Para manter nossas paixões, nossos brinquedinhos eletrônicos, guerrilhas enriqueciam, gorilas eram massacrados, e a população recebia uma miséria para devastar o ecossistema local”.
A juventude congolesa está desesperada, mas ainda atenta a alguma coisa... antes que seja tarde demais.





quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ligados por besouros

Paula Mendes

Adão e Eva viviam num mundo diferente do nosso. Usavam roupas diferentes, falavam uma língua estranha.Jesus, quando esteve na terra, certamente tinha costumes distintos dos que conhecemos. As casas eram diferentes, assim como a comida, os meios de transporte, os instrumentos musicais e as ferramentas.
Moisés acharia esquisito conviver com nossa cultura virtual ou ficar preso em um engarrafamento.Se tudo fosse como era antes, se não tivéssemos “evoluído”, não haveria museus tentando reproduzir ambientes que se tornaram estranhos. E não ficaríamos tão admirados dentro deles, orgulhosos por conquistar tanto e por não viver mais de forma tão “ultrapassada”.Quando olhamos para trás, quando lemos as narrativas bíblicas, poucas coisas nos ligam às histórias que lemos e que nos são tão preciosas.
Adão não conheceu a tecnologia que usufruímos. Não sabia o que era isqueiro, barbeador, microondas, escada rolante. Moisés provavelmente nunca tomou um banho quente, não andou de avião, não tinha e-mail nem máquina fotográfica para registrar todos os milagres que viu. Jesus não deve ter visto um prédio de mais de cinco andares, uma casa com teto solar ou um carro com tração nas quatro rodas.
No entanto, há algo que nos liga diretamente a eles. Adão deve ter visto as mesmas árvores que vejo hoje. As mesmas flores, os mesmos frutos, os mesmos animais.
Moisés viu o mesmo mar e sentiu a mesma maresia que sinto ao estar em uma praia.Jesus sentiu o cheiro de terra molhada de chuva, andou por estradas poeirentas, barrentas, viu tempestades e raios, luares e pores-do-sol. A criação nos une. É a terra que temos em comum. Pessoas tão distantes de mim também viram o verde da mata, o azul do céu e o colorido das flores que vejo e posso admirar.
Ligo-me a Adão quando contemplo um besouro, uma aranha, quando sou picada por uma formiga ou quando como uma goiaba. Ainda moro no jardim que Deus criou.As coisas mudam -- isso é inevitável. Provavelmente meus netos não usarão as mesmas roupas que uso. Talvez não comerão os alimentos que como, e a tecnologia que hoje uso e acho tão avançada, talvez será ultrapassada para eles.
Porém, eles continuarão pisando no mesmo chão, olhando as mesmas estrelas, rodeados pelas mesmas montanhas de sempre.É o amor de Deus perpetuado na terra. São lembretes da soberania, da imutabilidade e da ordem do Criador, que, por saber quão instáveis, inconstantes e mutáveis somos, resolveu deixar à nossa vista as marcas de seu próprio caráter.

• Paula Mazzini Mendes tem 27 anos e é membro do Exército de Salvação. Atualmente estuda no Centro Evangélico de Missões e mora em Viçosa, MG.

Fonte: Revista Ultimato setembro/ outubro 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Quem salva?

Max Lucado

“O homem é justificado pela fé, independente da obediência à Lei.” (Romanos 3:28)

Se somos salvos pelas boas obras, não precisamos de Deus – lembretes semanais de faça e não faça nos levarão para o céu. Se somos salvos pelo sofrimento, certamente não precisamos de Deus. Tudo o que precisamos é de um chicote e uma corrente e o evangelho da culpa. Se somos salvos pela doutrina, então, pelo amor de Deus, vamos estudar! Nós não precisamos de Deus, nós precisamos de um dicionário.Mas tenha cuidado, estudante. Porque se somos salvos por ter a doutrina exata, então um erro seria fatal. Isso vale para aqueles que acreditam que somos justificados através de obras. Espero que a tentação nunca seja maior do que a resistência. Se for, uma caída poderia ser um mau agouro. E aqueles que pensam que somos salvos pelo sofrimento, também tomem cuidado, porque vocês nunca sabem quanto sofrimento é necessário.Levou décadas para Paulo descobrir o que ele escreveu em apenas uma frase: “O homem é justificado pela fé”. Não por obras, sofrimento ou estudo.


Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida
Texto original extraído do site www.maxlucado.com

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Trabalhando para agradar a Deus

Max Lucado


“Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.” (Efésios 6:7)

E se todos trabalhassem com Deus em mente? Suponha que ninguém trabalhasse para satisfação própria ou preocupado apenas com custos e lucros, mas todos trabalhassem para agradar a Deus.

Muitos trabalhos cessariam imediatamente: tráfico de drogas, roubo, prostituição, boates e gerência de cassinos. Certas carreiras, por suas naturezas, não podem agradar a Deus. Elas cessariam.

Certos comportamentos também cessariam. Se eu estiver consertando um carro para Deus, não cobrarei demais de seus filhos. Se eu estiver pintando uma parede para Deus, você acha que eu usarei tinta diluída?

Imagine se todos trabalhassem para o Único. Todos os enfermeiros, atenciosos. Todos os oficiais, cuidadosos. Todos os professores universitários, compreensivos. Todos os vendedores, encantadores. Todos os professores, esperançosos. Todos os advogados, hábeis.

Impossível? Não totalmente. Tudo o que precisamos é de alguém que comece uma revolução mundial. Pode muito bem ser nós.


Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Devemos nos unir a Igreja

Watchman Nee



Muitos crentes acham que conseguem ser cristão por si mesmos; acham que não há necessidade para unir-se a qualquer igreja. Eles dizem: “Queremos CRISTO, mas não a igreja. Temos o nosso relacionamento pessoal com CRISTO e não precisamos de nos relacionar com a igreja. Não podemos orar sozinhos? Certamente que sim. Não podemos ler a Bíblia, sozinhos? Sem dúvida. Por que, então deveríamos nos dar ao trabalho de tentar nos comunicar com os outros irmãos? Porque não termos comunhão a sós com o SENHOR?” Devido a necessidade de contrapormos tais idéias, deve ser mostrado aos novos crentes que eles devem se unir à Igreja a despeito de suas opiniões pessoais. Eles necessitam ver que a salvação possui dois aspectos.

Em primeiro lugar há o aspecto pessoal. Sob esse aspecto, alguém pode receber vida e pode orar ao SENHOR. Pode fechar se em um quarto e crer no SENHOR. Mas se tudo que conhecer for esse aspecto pessoal da salvação, ele não terá um desenvolvimento normal, não conseguirá perseverar e nem tampouco terá grande progresso. Nunca se viu um crente do tipo ermitão progredir muito na vida cristã. Há alguns, no entanto, que crêem que um cristão pode ser do tipo ermitão, escondido nas montanhas alheio a tudo, exceto à comunhão com o SENHOR. Devemos observar, entretanto, que a edificação espiritual de pessoas assim é, em geral, um tanto quanto superficial, pois quando confrontadas, com situações reais, elas são incapazes de suporta-las. Quando as circunstancias aparentemente são favoráveis, elas talvez consigam prosseguir, em circunstancias adversas, porém, são incapazes de perseverar.

A vida cristã possui um outro aspecto – o aspecto corporativo. A Palavra de DEUS nos ensina sob o ponto de vista corporativo ninguém pode ser um cristão independente. Tão logo alguém é salvo, ele se torna um membro da família de DEUS, um dos filhos de DEUS. Essa é uma das primeiras revelações da Bíblia, Aquele que nasce de novo dentro da casa de DEUS torna-se, então, um filho dentre muitos outros. A revelação seguinte é que todos os salvos se tornam, juntamente, a habitação de DEUS, a casa de DEUS. Esta casa se difere da primeira por ser um lugar de habitação, enquanto a primeira é um lar. Esta revelação é seguida ainda de outra revelação de como todos os cristão são unidos como corpo de CRISTO e são membros um dos outros.


Extraído do livro: Não Deixemos de Congregar-nos - Edições Tesouro Aberto

sábado, 16 de maio de 2009

"Pequenos Cristo"

C. S. Lewis

"até que Cristo seja formado em vós" (Gálatas 4.19)

Ele age em nós de todas as maneiras. Mas, acima de tudo, ele age em nós por intermédio uns dos outros. Os homens são espelhos ou "transmissores" de Cristo para outros homens. Geralmente são aqueles que conhecem a Cristo que o levam aos outros. É por isso que a Igreja, todo o conjunto de cristãos que revelam Cristo uns aos outros, é tão importante. É muito fácil pensar que a Igreja tem muitos objetivos diferentes - educação, obras, missões, cultos... A Igreja não existe para outro propósito senão atrair os homens para Cristo, transformá-los em miniaturas de Cristo. Se ela não faz isso, então todas as Catedrais, todos os líderes, todas as missões, todos os sermões, a própria Bíblia - tudo não passa de perda de tempo. Deus não se tornou homem por outro motivo. E é até de duvidar, veja só, que todo o Universo tenha sido criado por qualquer outro motivo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Súplica


Agostinho de Hipona


Estreita é a casa de minha alma para que venhas até ela: que seja por ti dilatada. Está em ruínas; restaura-a. Há nela nódoas que ofendem o teu olhar: confesso-o, pois eu o sei; porém, quem haverá de purificá-la? A quem clamarei senão a ti? Livra-me, Senhor, dos pecados ocultos, e perdoa a teu servo os alheios! Creio, e por isso falo. Tu o sabes, Senhor. Acaso não confessei diante de ti meus delitos contra mim, ó meu Deus? E não me perdoaste a impiedade de meu coração? Não quero contender em juízos contigo, que és a verdade, e não quero enganar-me a mim mesmo, para que não se engane a si mesma minha iniqüidade. Não quero contender em juízos contigo, porque, se dás atenção às iniqüidades, Senhor, quem, Senhor, subsistirá?

(Confissões, capítulo V)

Falando com Deus


Só vos conhece, amor, quem se conhece,
só vos entende bem quem bem se entende,
só quem se ofende assim não vos ofende,
e só vos pode amar quem se aborrece.

Só quem se mortifica em vós floresce,
só é senhor de si quem se vos rende,
só sabe pretender quem vos pretende,
e só sobe por vós quem por vós desce.

Quem tudo por vós perde tudo ganha,
pois tudo quanto há tudo em vós cabe;
ditoso quem no vosso amor se inflama,

pois faz troca tão alta e tão estranha,
mas só vos pode amar o que vos sabe,
só vos pode saber o que vos ama.

Jerônimo Bahia

* Coimbra, 1628?
+ São Romão do Neiva - Minho, 1688

domingo, 12 de abril de 2009

Fraca é a minha vontade


Watchman Nee


Fraca é minha vontade, frágil meu vigor
E da minha esperança, o que resta já se esvai;
Em Tua obra perfeita, apenas, confio
Para gentilmente me amparar e conduzir.

Falhei, mesmo tendo dado o melhor de mim,
Como antes, falhei e errei;
Em Tua paciência repousa a minha confiança
Para me amparar e ancorar à Tua palavra.

Quando meu coração se eleva.
Quão próximo da queda estou;
Agir, não ouso, não ouso pensar,
Em pequenas ou grandes coisas, de Ti preciso.

Tu és meu Salvador, minha força e esteio,
A Tua face, oh Senhor, venho buscar;
Mesmo dos fracos sendo o mais fraco,
A minha força é apenas a Tua graça.

quarta-feira, 25 de março de 2009



C. S. Lewis


Uma vez perguntaram para Lewis:“É necessário frequentar um culto ou ser membro de uma comunidade cristã para um modo cristão de vida?”


Sua resposta foi a seguinte: “Esta é uma pergunta que eu não posso responder. Minha própria experiência é que logo que eu me tornei um cristão, cerca de quatorze anos atrás, eu pensava que poderia me virar sozinho, me retirando a meu quarto e lendo teologia, e não frequentava igrejas ou estudos bíblicos; e então mais tarde eu descobri que era o único modo de você agitar sua bandeira; e, naturalmente, eu descobri que isso significava ser um alvo. É extraordinário o quão inconveniente para sua família é você ter que acordar cedo para ir à igreja. Não importa tanto se você tem que acordar cedo para qualquer outra coisa, mas se você acorda cedo para ir à igreja é algo egoísta de sua parte e você irrita todos na casa. Se há qualquer coisa no ensinamento do Novo Testamento que é na natureza de mandamento, é que você é obrigado a participar do Sacramento e você não pode fazer isso sem ir à igreja. Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos (os quais eram apenas música de sexta categoria) eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário.”

quarta-feira, 18 de março de 2009

Comunhão



Dietrich Bonhoeffer


“Como é bom, como é agradável habitar todos juntos como irmãos!” (Salmo 133.1)

A seguir veremos algumas diretrizes e regras que as Escrituras Sagradas oferecem para a vida em comunhão sob a Palavra.

Não é óbvio que a pessoa cristã viva entre cristãos. Jesus Cristo viveu em meio a seus adversários. Por fim, todos os discípulos o abandonaram. Na cruz, ele esteve em total solidão, cercado de malfeitores e zombadores. Foi para isso que ele veio: para trazer a paz aos inimigos de Deus. Assim também o lugar do cristão não é na reclusão da vida monacal, mas em meio aos inimigos. É ali que está sua missão, sua tarefa. “O Reino tem que ser estabelecido em meio aos teus inimigos. Quem não quiser se sujeitar a isso não quer ter parte no Reino de Cristo, mas quer viver cercado de amigos, viver em um mar de rosas, na companhia de gente piedosa, jamais de gente má. Ó blasfemadores e traidores de Cristo! Se Cristo tivesse agido como vocês, quem teria se salvo?” (Lutero)

“Eu os semearei entre os povos, mas de longe se lembrarão de mim” (Zacarias 10.9). Pela vontade de Deus, a cristandade é um povo disperso, disperso como semente “entre todos os reinos da terra” (Deuteronômio 28.25). Essa é a sua maldição e a sua promessa. O povo de Deus viverá em terras distantes, entre os descrentes, mas será a semente do Reino de Deus no mundo inteiro.

“Assobiarei para reuni-los porque eu os resgatei”, “e retornarão” (Zacarias 10.8 e 9). Quando isso acontecerá? Já aconteceu em Jesus Cristo que morreu “para congregar na unidade todos os filhos de Deus dispersos” (João 11.52) e acontecerá de forma visível no final dos tempos, quando os anjos de Deus ajuntarem os escolhidos de Deus dos quatro cantos da terra, de um lado do mundo até o outro (Mateus 24.31). Até lá o povo de Deus continua na dispersão, tendo Jesus Cristo como único laço de união, unificados pelo fato de, dispersos entre os descrentes, conservarem sua memória em país estranho.

O privilégio que o cristão têm de viverem já agora em comunhão visível com outros cristãos, no período entre a morte de Cristo e o juízo final, é apenas uma antecipação misericordiosa das coisas derradeiras. É graça de Deus uma comunidade poder reunir-se neste mundo, de maneira visível, em torno da Palavra de Deus e dos Sacramentos. Nem todos os cristãos compartilham dessa graça. As pessoas presas, doentes, solitárias na dispersão, que pregam o Evangelho em terras pagãs estão sozinhas. Elas sabem que a comunhão visível é graça. E oram junto com o salmista: “Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que me alegra. Vou exultar e celebrar-te com a harpa” (Salmo 42.4). No entanto, permanecem solitárias, semente dispersa em terras distantes, conforme a vontade de Deus. Porém, elas aprendem tanto mais veementemente pela fé o que lhes é negado como experiência visível. Assim João, o discípulo exilado do Senhor, o apocalíptico, celebra o culto celestial com suas igrejas na solidão da ilha de Patmos “no dia do Senhor, dominado pelo Espírito de Deus” (Apocalipse 1.10). Ele vê os sete candelabros, que são suas igrejas; as setes estrelas, que são os anjos das comunidades; e, no meio e por cima de tudo isso, o Filho do Homem, Jesus Cristo, na imensa glória do Ressurreto. Esse fortalece-o e consola-o com sua Palavra. Esta é a comunhão celestial da qual participa o exilado no dia da ressurreição de seu Senhor.

A presença física de outros cristãos constitui uma fonte de alegria e fortalecimento incomparáveis. Invadindo por grande saudade. Paulo pede a presença de Timóteo, “meu querido filho na fé”, pra fazer-lhe companhia na prisão nos últimos dias de vida, quer revê-lo e tê-lo a seu lado. Paulo não esqueceu as lágrimas de Timóteo por ocasião de sua última despedida (2 Timóteo 1.4). Ao recordar da comunidade de Tessalônica, Paulo ora: “Noite e dia rogamos com instância poder revê-nos” (1 Tessalonicenses 3.10), e o velho João sabe que a alegria com os seus só será completa quando puder visitá-los e falar com eles pessoalmente, ao invés de lhes escrever (2 João 12).

Não é vergonha o crente ter saudade da companhia de outros cristãos, como se isso fosse sinal de viver ainda por demais na carne. O ser humano é criado como carne, na carne apareceu o filho de Deus na terra por amor a nós.(...) Através da pessoa física do irmão, o crente louva o Criador, Reconciliador e Salvador, Deus Pai, Filho e Espírito santo. Na proximidade do irmão, o preso, o doente, o cristão na diáspora reconhece um gracioso sinal físico da presença do Deus triúno.

Na solidão, visitante e visitado reconhecem um no outro o Cristo presente na carne, recebem e se encontram como se com o Senhor se encontrassem – em reverência, humildade e alegria. Aceitam a bênção um do outro como do próprio Senhor Jesus Cristo. Se um único encontro com um irmão traz tanta felicidade, que riqueza inesgotável deve se abrir àqueles que, pela vontade de Deus, são considerados dignos de viver em comunhão diária com outros cristãos!

Obviamente o que para a pessoa solitária é indizível graça de Deus, facilmente pode ser desprezado e pisado pela pessoa que goza desse privilégio todos os dias. Facilmente esquece-se que a comunhão dos irmãos cristãos é um presente gracioso procedente do Reino de Deus, que pode nos ser tirado a qualquer hora, e que talvez um prazo muito curto de tempo esteja nos separando da mais profunda solidão. Por isso, quem pode até este momento viver em comunhão com outros irmãos, que louve a graça de Deus do fundo do coração, agradeça de joelhos e reconheça: è graça, nada mais do que graça, o fato de que hoje ainda podemos viver em comunhão com irmãos cristãos.

É variada a medida da graça da comunhão visível que Deus concede. Uma visita rápida de um irmão cristão, uma oração em conjunto e a bênção fraterna consolam o cristão que vive na diáspora, uma carta escrita pela mão de um cristão conforta-o. As saudações escritas a próprio punho por Paulo em suas cartas eram, sem dúvidas, sinais de tal comunhão. Outras pessoas desfrutam da comunhão do culto dominical. Outras ainda levam uma vida cristã na comunhão familiar. Antes de serem ordenados, jovens teólogos recebem o presente da vida em comunhão com os irmãos por determinado período. Nas comunidades cristãs de fato desperta hoje o desejo de aproveitar os intervalos entre um e outro período de trabalho para um momento de comunhão com outros cristãos sob a palavra. Os cristãos de hoje compreendem de novo a vida em comunhão como sendo a graça, que ela é de fato, como o extraordinário, “as rosas e os lírios” da vida cristã (Lutero).

Comunhão cristã é comunhão por meio de Jesus Cristo e em Jesus Cristo. Não há comunhão cristã que seja mais ou menos do que isso. Quer seja um único e breve encontro ou uma comunhão diária que perdure há anos, a comunhão cristã é somente isso. Pertencemos uns aos outros tão-somente por meio de e em Jesus Cristo.

O que significa isso?

Em primeiro lugar, isso significa que um cristão precisa do outro por amor a Jesus Cristo.

Em segundo lugar, isso significa que um cristão só consegue chegar ao outro por meio de Jesus Cristo.

E em terceiro lugar, isso significa que nós fomos eleitos desde a eternidade, aceitos no tempo e unidos para a eternidade em Jesus Cristo.

[...]


Fonte: Vida em Comunhão, Editora Sinodal, pgs. 09, 10, 11 e 12.
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quarta-feira, 11 de março de 2009

Frases

"Ah! se Deus permitisse que a minha interpretação e a de todos os outros mestres desaparecessem, e que cada cristão pudesse chegar diretamente à Escritura apenas, e à pura palavra de Deus! Percebe-se já por essa tagarelice minha a incomensurável diferença entre a palavra de Deus e todas as palavras humanas, e como homem algum pode, com todas as suas palavras, adequadamente alcançar e explicar uma única palavra de Deus. Trata-se de uma palavra eterna e deve ser compreendida e meditada com uma mente silenciosa. Ninguém é capaz de compreendê-la a não ser a mente que a contempla em silêncio. Para qualquer um capaz de fazê-lo sem comentário ou interpretação, meus comentários e os de todos os outros não seriam apenas inúteis, mas um estorvo. Vão para a própria Bíblia, caros cristãos, e não permitam que as minhas exposições e as de outros estudiosos sejam mais do que uma ferramenta que capacite a edificar de forma eficaz, de modo que sejamos capazes de compreender, experimentar e habitar a simples e pura palavra de Deus; pois apenas Deus habita em Sião." (Martinho Lutero)
"Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente". (Isaac Newton)
"Como físico, portanto, como homem que dedicou a sua vida à insípida ciência, à investigação da matéria, estou certo de não dar margens a ser considerado com um irresponsável. E assim, após as minhas pesquisas do átomo, posso dizer o seguinte: não existe matéria isoladamente! Toda matéria consiste e se origina somente pela força, que põe em vibração as partículas atômicas, e as coliga nos minúsculos sistemas solares do átomo. Uma vez que em todo o universo não há uma força abstrata inteligente e eterna, devemos conseqüentemente admitir a existência de um Espírito Inteligentíssimo." (Max Planc - Físico)
"A ciência humana de maneira nenhuma nega a existência de Deus. Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem compreende, pesquisa e consegue realizar, então reconheço claramente que o espírito humano é obra de Deus, e a mais notável." (Galileo Galilei)
"Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que posa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento" (A. W. Tozer)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Historicidade




Continuando o estudo, agora sobre Jesus dentro da história, pois Ele não é um mito, nem lenda!

1 Pe 3: 15

O cristianismo se baseia em evidências históricas, então não podemos descrer em Jesus por falta de evidências. Sabemos que Jesus existiu, porque a bíblia diz, temos 4 biografias e o testemunho dos historiadores do Novo Testamento. Entretanto, além dos Evangelhos temos o relato sobre Jesus de vários historiadores seculares e escritores da antiguidade: Tácito, o historiador romano; Suetônio; Plínio, o Moço; Epicteto; Luciano; Aristides; Galeno; Lamprídio; Diocássio; Hinério; Libânio; Eunápio; Zózimo. Outros escreveram livros inteiros contra o cristianismo: Luciano, Celso, Porfírio, Hierócles e Juliano, o Apóstata.
Pôncio Pilatos, procurador da Judéia, escreveu a Tibério César o seguinte: "E Herodes, Arquelau e Filipe, Ainás e Caifás, com todo o povo, entregaram-me Jesus, fazendo grande alarde contra mim, que eu deveria julgá-lo (Jesus). Eu, portanto, dei ordens para que ele fosse crucificado, tendo primeiro mandado açoitá-lo, sem ter achado nele nenhuma causa para as acusações ou malefícios. Quando ele foi crucificado, houve trevas por todo o mundo, tendo o sol se escurecido ao meio-dia, aparecendo as estrelas, mas nelas não havia nenhum fulgor; e a lua, como se tivesse convertido em sangue, não deu sua luz."
Lc 23: 44-45
Tallo, outro escritor secular, no ano 52 DC, escreveu sobre o obscurecimento do sol desde o meio-dia até as três horas da tarde, e dando uma explicação naturalista diz que deve ter sido um eclipse. Mas era tempo de lua cheia (Páscoa) então não se pode ter eclipse do sol na lua cheia.
Tácito, discutindo sobre o incêndio de Roma e a tentativa de Nero de encobrí-lo escreveu: "Então, para suprimir o rumor ele falsamente acusou e puniu com as mais requintadas torturas as pessoas comumente chamadas cristãs, que eram odiadas por suas excentricidades. Cristus, o fundador do nome, foi morto por Pôncio Pilatos, procurador da Judéia no reino de Tibério; mas a superstição perniciosa, reprimida por algum tempo, brotou novamente, não somente na Judéia, onde se originou esse mal, mas também por toda a cidade de Roma." Nesse relato Tácito reafirma que Jesus Cristo foi crucificado por Pôncio Pilatos no reinado de Tibério César. Também cita que Cristus- o Cristo foi o fundador da religião cristã que nasceu na Judéia, mas que estava se espalhando, inclusive em Roma.
Juliano, o Apóstata, escreveu um livro em que tentou destruir o cristianismo, só que ao invés de destruir ele afirma que Jesus nasceu no reinado de Augusto, no tempo em que Cirênio fez um censo na Judéia, além de confirmar que o cristianismo nasceu no tempo dos imperadores Tibério e Cláudio e a autenticidade dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, como fontes autênticas da religião cristã.

Eu tirei esses relatos do livro "Porque creio" de D. James Kennedy, livro ótimo (comprei-o por 5 contos num sebo) por sinal, ele nos dá propriedade para reagir aos ataques contra a nossa fé, além de nos dar seguridade ao/e reafirmá-la. Este livro é feito em tópicos de; porque creio: na bíblia; em Deus; em Jesus; no cristianismo; no inferno; no céu; na ressurreição, e tem um tópico que eu gosto bastante, que mostra como o advento da arqueologia contribuiu para a reafirmação da bíblia.


Franci

segunda-feira, 2 de março de 2009

Humanidade


Fiz um estudo junto com meus amigos - "parcerotis" da S8 para o retiro desse ano e o tema era a personalidade de Jesus. Aprendemos muito. Além de ter sido muito edificante. O meu tópico era Jesus Homem e Jesus histórico;

A humanidade de Cristo

. O fato de o Verbo (LOGOS - Palavra de Deus) ter assumido a natureza humana, não impede a humanidade de Cristo, faz com que Cristo seja o mais perfeito dos filhos dos homens;
. Fl 2: 5-8 - Ao se esvaziar ele voluntariamente se restringiu dos seus atributos e privilégios divinos, também aceitou o sofrimento, a incompreensão, os maus-tratos e o ódio. Para concretizar o plano de salvação Ele teve que nascer de uma mulher e a única maneira de Ele ser um homem impecável era ser concebido pelo Espírito Santo, daí o nascimento virginal, deste modo Ele se identifica com a humanidade -Mt 1:18;
. Jesus teve uma origem e mesmo sendo concebido pelo Espírito Santo Ele foi registrado por José e passa a ser descendente de Davi, cumprindo também a profecia que diz que o Messias seria da descendência de Davi e de Abraão - (Jr 23: 5; Gn 12: 3; GL 3: 16);
. Jesus tinha consciência de sua missão e de que Deus era seu Pai, desde pequeno (Lc 2: 40, 49, 52) se desenvolvia tanto fisicamente quanto espiritualmente;
. Teve uma família numerosa - Mt 12: 47;
. Sentiu sono, fome, sede, cansaço - Mc 4: 38, Mt 21: 18, Jo 4: 6; 19: 28;
. Ele sofreu, chorou e angustiou-se - Mt 26: 37, Lc 19:41;
. Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado - Hb 4: 15;
. E assim como é heresia negar a humanidade de Cristo, também é heresia negar-lhe a divindade. A natureza divina e humana estão juntas na pessoa única de Jesus Cristo.

Franci

Fontes: Bíblia de estudo pentecostal, Bíblia revista e atualizada e revistinha da CPAD

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Arminianismo ou Calvinismo?

Calvinismo versus Arminianismo
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Administração do site atosdois.com.br

Calvinismo versus Arminianismo

O termo Calvinismo é dado ao sistema teológico exposto e defendido por João Calvino (1509-1564). Seu sistema de interpretação bíblica pode ser resumido em cinco pontos, conhecidos como "os 5 pontos do Calvinismo" (TULIP em inglês):
1 - Total Depravity (Depravação total) - Todos os homens nascem totalmente depravados, incapazes de se salvar ou de escolher o bem em questões espirituais;

2 - Unconditional Election (Eleição incondicional) - Deus escolheu dentre todos os seres humanos decaídos um grande número de pecadores por graça pura, sem levar em conta qualquer mérito, obra ou fé prevista neles;

3 - Limited Atonement (Expiação limitada) - Jesus Cristo morreu na cruz para pagar o preço do resgate somente dos eleitos;

4 - Irresistible Grace - (Graça Irresistível) - A Graça de Deus é irresistível para os eleitos, isto é, o Espírito Santo acaba convencendo e infundindo a fé salvadora neles;

5 - Perseverance of Saints (Perseverança dos Santos) - Todos os eleitos vão perseverar na fé até o fim e chegar ao céu. Nenhum perderá a salvação.

O Arminianismo é o sistema de Teologia formulado por Jacobus Arminius (1560-1609), teólogo da Igreja holandesa, que resolveu refutar o sistema de Calvino.

Armínio apresentou seu sistema em 5 pontos:

1 - Capacidade humana, Livre-arbítrio - Todos os homens embora sejam pecadores, ainda são livres para aceitar ou recusar a salvação que Deus oferece;

2 - Eleição condicional - Deus elegeu os homens que ele previu que teriam fé em Cristo;

3 - Expiação ilimitada - Cristo morreu por todos os homens e não somente pelos eleitos;

4 - Graça resistível - Os homens podem resistir à Graça de Deus para não serem salvos;

5 - Decair da Graça - Homens salvos podem perder a salvação caso não perseverem na fé até o fim.

Então, o que vocês acham?

Eu, concordo com o Armínio...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O pastor das crianças



Charles Haddon Spurgeon


Simão Pedro não era galês, mas tinha muito do que chamamos de fogo galês dentro de si. Era exatamente o tipo de homem que a criançada achava interessante. As crianças acham o máximo reunir-se em volta de um fogo, seja na lareira ou no coração. Certas pessoas parecem ser formadas de gelo, e dessas crianças logo fogem: as congregações ou classes se tornam menores a cada domingo quando criaturas frias e insensíveis têm a autoridade sobre eles. Mas quando um homem ou mulher tem um coração bondoso, as crianças parecem se reunir prontamente, como moscas em dias de outono se agregam num muro quente ensolarado. Por isso, Jesus diz a Simão, o de coração caloroso: "Cuide de meus cordeiros." Ele é o homem para a posição.

Simão Pedro era, além disso, um homem experimentado. Conheceu sua própria fraqueza; tinha sentido as pontadas de consciência; tinha pecado muito e sido muito perdoado, e agora foi levado em terna humildade a confessar o amor e amabilidade de Jesus. Queremos homens e mulheres experimentados para falar com crianças convertidas, e para contar-lhes o que o Senhor já fez por eles, e quais foram seus perigos, seus pecados, suas tristezas e seus consolos. Os novos se alegram ao ouvir a história daqueles que já foram mais longe na estrada do que eles. Posso dizer dos santos experimentados: seus lábios guardam conhecimento. A experiência contada com amor é alimento apropriado para jovens crentes, instrução que o Senhor certamente abençoará na nutrição deles na graça.

Simão Pedro era agora um grande devedor. Devia muito a Jesus Cristo, de acordo com aquela regra do reino — ama muito aquele a quem muito foi perdoado. Ah, você que nunca entrou nesse trabalho para Cristo, mas realmente poderia fazê-lo bem, apresente-se imediatamente e diga: "Eu deixei esse trabalho para mãos mais jovens, mas não farei mais isso. Eu tenho experiência e confio que ainda tenha um coração quente em meu peito. Irei e me unirei a esses trabalhadores que estão ocupados com a alimentação dos cordeiros em nome do Senhor."

Quando o Senhor chama um homem para um trabalho, ele lhe dá o preparo necessário para isso. Como Pedro foi preparado para alimentar os cordeiros de Cristo? Primeiro, sendo alimentado ele mesmo. O Senhor lhe deu uma alimentação antes de lhe dar uma comissão. Você não pode alimentar cordeiros, nem ovelhas, a não ser que tenha sido alimentado. É muito certo você estar ocupado instruindo em grande parte do dia do Senhor; mas um professor é muito insensato se não for ouvir o evangelho pregado e receber uma refeição para sua própria alma. Primeiro, deve ser alimentado e depois alimentar.

Mas Pedro foi especialmente preparado para alimentar os cordeiros por estar com seu Mestre. Ele nunca haveria de esquecer aquela manhã e todos os detalhes que aconteceram. Foi a voz de Cristo que ele ouviu; foi o olhar de Cristo que o atingiu no coração; ele respirou o ar que envolveu o Senhor ressuscitado, e essa comunhão com Jesus perfumou o coração de Pedro e afinou a sua fala para que pudesse sair e alimentar os cordeiros. Eu lhes recomendo o estudo de livros instrutivos, mas, sobretudo, lhes recomendo o estudo de Cristo. Que ele seja sua biblioteca. Chegue pertinho de Jesus. Uma hora de comunhão com Jesus é o melhor preparo para lecionar os novos ou os velhos.

Pedro também foi preparado de um modo mais doloroso do que esse, isto é, pelo auto-exame. A pergunta lhe veio três vezes seguidas: "Simão, filho de Jonas, tu me amas? Tu me amas? Tu me amas?" Muitas vezes, o recipiente precisa de ser areado com auto-exame antes que o Senhor possa usá-lo adequadamente para levar a água viva a sedentos. Nunca faz mal a um homem de coração sincero examinar seu próprio espírito, e ser sondado e experimentado por seu Senhor. É o hipócrita que teme a verdade que testa sua profissão; ele receia falas e meditações importunas; mas o homem genuíno quer saber com toda certeza que ele realmente ama Cristo, e por isso examina o seu interior e interroga e testa a si mesmo.

Esse exame deve ser exercitado principalmente com respeito ao nosso amor; pois o melhor preparo para ensinar os cordeiros de Cristo é o amor — amor por Jesus e por eles. Não podemos ser sacerdotes a seu favor a não ser que, como Arão, usemos seus nomes sobre nosso peito. Precisamos amar ou então não podemos abençoar. Ensinar é trabalho mal-feito quando o amor se vai; é como um ferreiro trabalhando sem fogo, ou um construtor sem argamassa. Um pastor que não ama suas ovelhas é um mercenário e não um pastor; fugirá na hora do perigo e deixará seu rebanho para o lobo. Quando não há amor não há vida; cordeiros vivos não podem ser alimentados por homens mortos. Pregamos e ensinamos o amor: nosso assunto é o amor de Deus em Cristo Jesus. Como podemos ensinar isso se nós não temos amor? Nosso alvo é criar amor no coração daqueles que ensinamos, e nutri-lo onde já existe; mas como podemos transmitir o fogo se não está aceso em nosso próprio coração? Como pode nutrir a chama aquele que tem mãos úmidas, gotejando de mundanismo e indiferença, de modo que age no coração da criança mais como um balde de água do que como uma chama de fogo? Esses cordeiros do rebanho vivem no amor de Cristo: não vão viver em nosso amor? Ele os chama seus cordeiros, e eles o são; será que nós não os amaremos por amor a ele? Foram escolhidos em amor; foram redimidos em amor; foram chamados em amor; foram lavados em amor; foram alimentados com amor, e serão guardados por amor até que cheguem aos pastos verdes do alto dos morros no céu. Você e eu estaremos fora de sintonia com o vasto maquinário do amor divino a não ser que nossa alma esteja cheia do zelo afetuoso para com o bem dos amados. O amor é o maior preparo para o ministério, quer seja exercitado na congregação ou na classe. Ame, e depois alimente. Se você ama, alimente. Se não ama, então, aguarde até que o Senhor lhe tenha vivificado, e não use sua mão não santificada nesse trabalho sagrado.

Com os fracos do rebanho, com os novos convertidos do rebanho, com as criancinhas do rebanho, nossa principal atividade é alimentar. Cada sermão, cada lição, deverá ser um sermão que alimente, e uma lição que alimente. Pouco adianta ficar à frente de todos e bater na Bíblia e exclamar "Acredite, acredite, acredite!", quando ninguém sabe o que é para ser acreditado. Não vejo utilidade nenhuma em violinos e tamborins, pois nem cordeiros nem ovelhas podem ser nutridos com orquestras de instrumentos de metal. Deve haver doutrina, doutrina sólida, sadia, evangélica para ser alimento de verdade. Quando tiver um pernil na mesa, então, deve chamar todos para a refeição com a sineta; mas essa sineta não alimenta ninguém se a comida não for servida. Conseguir que as crianças se reúnam pela manhã e pela tarde é um desperdício dos pés delas e dos seus se você não colocar diante delas a verdade salvadora e sustentadora de almas. Alimente os cordeiros; você não precisa tocar flauta para eles, nem pôr guirlandas em seu pescoço; mas alimente-os.

Dar esse alimento é trabalho humilde, despretensioso, sem ostentação. Você conhece o nome de algum pastor de ovelhas? Posso até conhecer uma ou duas pessoas que seguem essa vocação, mas nunca ouvi ninguém falar deles como sendo grandes homens; seus nomes não estão nos jornais, nem ouvimos falar deles como profissionais que entram na justiça com uma queixa, reivindicando leis para que sejam notados. Os pastores são geralmente pessoas quietas, discretas. Ao vermos um pastor, não percebemos diferença entre ele e um lavrador. Ele caminha sem reclamar durante todo o inverno e, no começo da primavera, não descansa nem de dia nem de noite porque os carneirinhos precisam dele; isso acontece ano após ano, mas ele nunca ganhará uma "insígnia imperial", nem será elevado à nobreza, embora possa ter feito um trabalho bem mais útil do que aqueles que entram flutuando para altos postos sobre seus próprios barris de chopes. Então, no caso de muito professor fiel de criancinhas, ouve-se pouco sobre ele, mas ele faz uma grande obra pela qual os tempos futuros o chamarão de bem-aventurado. Seu Mestre conhece tudo a seu respeito, e naquele dia futuro ouviremos falar dele; talvez não antes.

É trabalho cuidadoso, também, alimentar os cordeiros, pois eles não podem comer qualquer coisa, especialmente os cordeiros de Cristo. É perigoso transmitir um ensino ruim que quase envenena os pequenos crentes. Se os homens devem dar atenção ao que ouvem, devemos cuidar mais daquilo que nós ensinamos. É um trabalho cuidadoso alimentar cada cordeiro separadamente, e ensinar a cada criança a verdade que ela está mais apta a receber.

Além disso, é trabalho contínuo. "Alimente meus cordeiros" não é uma tarefa para uma temporada, e sim para sempre. Os cordeiros não poderiam viver se o pastor só lhes alimentasse uma vez por semana. Creio que morreriam entre um domingo e outro; portanto, os bons professores dos jovenzinhos cuidam deles todos os dias da semana conforme têm oportunidade, e cuidam de suas almas com oração e exemplo santo quando não os estão ensinando com a palavra falada. O pastoreio de carneirinhos é trabalho de todo dia, toda hora. Quando o trabalho de um pastor termina? Quantas horas por dia ele trabalha? Ele lhe dirá que no tempo em que as ovelhas dão cria ele nunca termina. Ele dorme quando pode e logo desperta para agir. É assim com aqueles que alimentam os cordeiros de Cristo; eles não descansam até que Deus salve e santifique seus caros cordeirinhos.

É também um trabalho árduo, e quem não se empenha nele terá uma conta terrível a acertar. Você pensa que a vida de um ministro é fácil? Eu lhe digo que aquele que a torna fácil, a achará bastante dura quando chegar a morte. Nada deixa um homem mais cansado do que o cuidado de almas; assim é em parte com todos que ensinam — não podem fazê-lo bem sem se entregar. A pessoa precisa estudar a lição; precisa trazer algo com carinho para sua classe: precisa instruir-se. Muitas vezes, somos bastante pressionados para encontrar assunto, e queremos saber como vamos conseguir passar pelo próximo dia do Senhor. Ninguém ousa correr para sua classe despreparado e oferecer ao Senhor aquilo que não lhe custou nada. Precisa haver trabalho se o alimento deve ser colocado sabiamente diante dos cordeiros, para que possam recebê-lo.

E tudo isso tem de ser feito com um espírito excelente; o verdadeiro pastor é uma amálgama de muitas graças preciosas. Ele é caloroso com zelo, mas não é inflamado com paixão; é bondoso, contudo, governa sua classe; ele é amoroso, mas não fecha os olhos numa piscada ao pecado; tem poder sobre os cordeiros, mas não é imperioso nem sarcástico; tem bom humor, mas não frivolidade; liberdade, mas não licenciosidade; seriedade, mas não cara fechada. Quem cuida dos cordeiros também deve ser um cordeiro; e bendito seja Deus, há um cordeiro diante do trono que cuida de todos nós, e que faz isso com mais eficácia porque ele é em todas as coisas feito como nós. O espírito pastoral é um dom raro e inestimável. Um pastor bem-sucedido ou um mestre bem-sucedido em uma escola revelará ter características especiais que o distinguem de seus pares. Um pássaro que está sentado sobre seus ovinhos, ou quando as avezinhas acabam de sair da casca, tem ali um espírito maternal, de modo que dedica toda sua vida à alimentação dos pequeninos; outros pássaros podem estar achando prazer no vôo, mas este passarinho se senta quietinho durante todo o dia e a noite e então seus únicos vôos são para providenciar alimento para os bicos abertos que parecem nunca se fartar. Uma paixão tomou conta do pássaro; e algo assim acontece com o verdadeiro ganhador de almas — ele morreria alegremente para ganhar almas; ele se consome, suplica, labuta para abençoar aqueles nos quais pôs seu coração. Se esses podem pelo menos ser salvos, ele empenharia a metade de seu céu por isso; sim, e às vezes em momentos de entusiasmo ele está disposto a trocar o céu completamente por almas ganhas e, como Paulo, poderia se desejar maldito, apenas para que eles fossem salvos. Muitos podem não entender essa bendita extravagância porque nunca a sentiram; possa o Espírito Santo trabalhar isso em nós para que atuemos como pastores verdadeiros pelos cordeiros. Este, então, é o trabalho: "Alimente meus cordeiros".


(Charles Spurgeon, Pescadores de Crianças, capítulo 4 "O pastor das crianças")

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ônix e Eu - Deus e Nós



Sob influência do filme "Marley e Eu" resolvi deixar o meu cachorro - Ônix ( um labrador preto de mais ou menos uns 30 quilos) - passear na frente da minha casa sem corrente, eu nunca tinha feito isso, ele sempre passeia com meu marido e de corrente. No início foi tranquilo, ele cheirou uns matinhos, fez xixi nuns postes, mas quando um rapaz passou ele foi cheirá-lo e o acompanhando começou a sumir da minha vista, comecei a ficar preocupada e passei a gritar o seu nome, quanto mais eu gritava mais ele se afastava. Fui atrás dele e ele já tinha virado a rua indo em direção à pista, no meio do caminho ele viu um vira-latas com 1/4 do seu tamanho e começou a cheirá-lo, só que o cachorrinho ao olhar para o meu grandão ficou tremendo de medo e saiu correndo, Ônix achando que era uma brincadeira, tipo pique-pega, saiu correndo também atrás do cachorro, o cachorro sem saída deu um salto por cima do primeiro portão que ele viu pela frente, para falar a verdade eu nunca vi um cachorrinho pular assim, parecia mais um gato, Ônix passou por baixo do portão e invadiu a casa de estranhos na sua brincadeira. Morrendo de vergonha entrei na casa da senhora e pedindo várias desculpas peguei o Ônix e o prendi, ele saiu me carregando direto para casa, nessa hora ele soube o caminho direitinho, deitou no chão e apagou de tanto cansaço, afinal a sua manhã havia sido muito animada.
Quando cheguei em casa comecei a fazer um paralelo dessa situação com o nosso relacionamento com Deus, pois ele nos deixa livres para escolhermos entre o bem e o mal, ele nos deu o livre-arbítrio, ele nos chamou para a liberdade. Ainda têm aqueles que dizem que a vida em Cristo é aprisionamento, é ficar longe das coisas "boas" da vida, é uma vida de restrições...
Para mim e creio que para milhares de pessoas a vida em Cristo é sim uma vida de liberdade, liberdade para escolher, liberdade para dizer não às coisas que não nos fazem bem, tanto para o nosso corpo, quanto para nossa vida espiritual, portanto é uma vida mais completa. É uma vida consciente; consciente dos nossos atos, consciente de quem somos, consciente de para aonde vamos, consciente de que somos peregrinos, de que a nossa pátria é o céu, mas que também enquanto estivermos aqui temos que fazer algo...

Franci

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Deus não tem netos


Em 1904 o País de Gales experimentou um avivamento marcante. Milhares de pessoas conheceram a Cristo e os resultados foram incríveis. Bares fecharam-se devido à falta de fregueses. Policiais trocaram suas armas por luvas brancas já que o crime desaparecera. Cavalos não entendiam seus donos que já não mais diziam palavras profanas. O País de Gales enviou missionários para o mundo todo.

Um desses missionários viajou para a Argentina aonde em uma das ruas conduziu um mocinho a Cristo. O nome do moço era Luiz Palau. Desde então ele tornou-se conhecido como o “Billy Graham” da América Latina. Por sua gratidão pelo missionário do País de Gales, Palau viajou para lá durante os anos 70, no intuito de expressar essa gratidão àquela nação que o ajudara a conhecer a Cristo. Mas sua descoberta foi terrível! Menos da metade de um por cento dos habitantes daquele país participavam de uma igreja. O número de divórcios era alto e o crime estava em forte ascendência. Muitas igrejas tinham sido fechadas e transformadas em bares e o rúgbi tinha substituído o cristalino, como a região nacional.

Como resultado da experiência, Palau produziu um filme chamado “God Hás Grandchildren” (Deus Não Tem Netos). A mensagem do filme é que cada geração é responsável por transmitir a fé para a próxima geração. No País de Gales, apesar da tremenda vitalidade espiritual, o impacto do cristianismo desaparecera pelos anos 70. Os pais haviam falhado em passarem sua fé aos filhos. Cada geração é responsável por passar aos filhos o Evangelho e as verdades das Escrituras.


Extraído do livro “O Seu Dinheiro”, Howard Dayton - Crown Financial Ministries

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A vida cristã normal


Watchman Nee

A nossa crucificação jamais se tornará eficaz através da nossa vontade, do nosso esforço, e sim, unicamente por aceitarmos o que o Senhor Jesus Cristo fez na Cruz. Os nossos olhos devem estar abertos à obra consumada no Calvário. Talvez você tenha procurado, antes de receber a salvação, salvar-se a si mesmo, lendo a Bíblia, orando, freqüentando a Igreja, dando ofertas. Depois, um dia, se lhe abriram os olhos e você percebeu que a plena salvação já lhe foi provida na Cruz. Você simplesmente a aceitou, agradecendo a Deus, e então seu coração foi permeado pela paz e alegria.


(Extraído do livro A vida cristã normal, Watchman Nee, Editora Fiel.)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Não impeçam as crianças




Charles Haddon Spurgeon

Há algum tempo, uma pessoa que quis, suponho eu, fazer com que sentisse minha própria insignificância, me escreveu para dizer que havia se encontrado com alguns negros que tinham lido meus sermões com grande prazer; e essa pessoa acreditava que eram muito adequados para eles. Sim, minha pregação era justamente o tipo de coisa para esses homens. O remetente nem sonhava que me dava um prazer muito sincero; pois se sou compreendido por pessoas pobres, por empregadas, por crianças, estou certo de que posso ser entendido por outros.

Ambiciono pregar ao mais humilde, ao mais simples e desprezado. Nada é mais importante do que ganhar o coração dos despretensiosos, como também ganhar o coração das crianças. As pessoas, às vezes, falam à respeito de alguém: "Ele só serve para ensinar crianças: pregador ele não é." Pois eu lhes digo, à vista de Deus, não é pregador quem não se importa com as crianças. Deveria haver pelo menos uma parte de cada sermão e culto que agradasse aos pequenos. É um erro aquilo que permite que esqueçamos disso.

Os pais também pecam quando omitem a religião da educação de seus filhos. Talvez a idéia seja que suas crianças não podem ser convertidas enquanto são crianças, e então acham o lugar onde eles estudam nos seus tenros anos inconseqüente. Mas isso não é verdade. Muitos pais esquecem-se disso até quando suas meninas e meninos estão nos últimos anos da escola. Mandam-nos para outros países, a lugares com toda sorte de perigo moral e espiritual, com a idéia de que lá poderão completar os estudos elegantemente. Em quantos casos eu vi essa instrução completada, e ela produziu moços que são consumados libertinos, e moças que só sabem flertar. Conforme se semeia, se colhe. Vamos esperar que nossos filhos conheçam o Senhor. Que desde o início combinemos com seu "ABC" o nome de Jesus. Que leiam suas primeiras lições da própria Bíblia. É notável o fato de que as crianças não aprendem a ler de nenhum outro livro tão rapidamente como do Novo Testamento; há um encanto no livro que atrai a mente infantil. Mas nunca sejamos culpados, como pais, de esquecer o treinamento religioso de nossas crianças; porque, se deixarmos isso esquecido, poderemos ser culpados do sangue de suas almas.

Outro resultado é que a conversão de crianças não é esperada em muitas de nossas igrejas e congregações. Ou seja, não se espera que as crianças sejam convertidas enquanto crianças. A teoria é que, se podemos estampar sobre a mente das crianças bons princípios que lhes possam ser úteis em anos vindouros, já fizemos o suficiente; mas converter crianças enquanto crianças e considerá-las como sendo tão crentes como adultos, é visto como absurdo. A esse suposto absurdo, eu me agarro de todo o coração. Creio que das crianças é o Reino de Deus, tanto na Terra como no céu.

Outro problema é que não se acredita na conversão de crianças. Certos indivíduos desconfiados sempre afiam seus dentes quando ouvem falar de uma criança recém convertida: querem avançar para tirar um naco dela se puderem. Insistem, corretamente, que essas crianças sejam examinadas com cuidado antes de serem batizadas e admitidas na igreja; mas estão errados em insistir que só em casos excepcionais devem ser recebidas. Concordamos com eles quanto ao cuidado a ser exercido; mas deve ser o mesmo em todos os casos, nem mais nem menos nos casos de crianças.

É muito freqüente as pessoas esperarem de meninos e meninas a mesma solenidade de comportamento de pessoas mais velhas! Seria um bem para todos nós se nunca tivéssemos deixado de ser meninos e meninas, e tivéssemos acrescentado a todas as excelências de uma criança as virtudes de um homem. Certamente, não é necessário matar a criança para fazer o santo! Os mais severos pensam que um pequeno convertido deve ficar vinte anos mais velho em um minuto. Certa vez, um indivíduo muito solene me chamou do playground e me admoestou sobre a impropriedade de eu jogar uma brincadeira de armadilha, bastão e bola com os meninos. Ele disse: "Como você pode brincar como os outros, se você é um filho de Deus?" Respondi que eu tinha a responsabilidade de conduzir as pessoas aos assentos na igreja, e fazia parte de minhas obrigações participar dos passatempos dos garotos. Meu crítico venerável achou que isso alterava bem o assunto; mas estava claro que sua visão era que um menino convertido nunca deveria brincar!

As pessoas não esperam das crianças uma conduta mais perfeita do que elas próprias demonstram? Se uma criança crente tem um acesso de raiva, ou age mal em algum caso pouco importante por esquecimento, ela é condenada na hora como sendo um pequeno hipócrita por aqueles que estão longe de ser perfeitos. Jesus diz: "Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos." Cuidado para não dizerem nenhuma palavra cruel contra seus irmãos pequenos em Cristo, suas irmãzinhas no Senhor. Jesus valoriza tanto seus preciosos cordeirinhos que ele os leva em seu seio; e eu encarrego vocês que seguem seu Senhor em todas as coisas a mostrarem ternura semelhante aos pequenos da família divina.

"Alguns traziam crianças a Jesus para que ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado." Ele não ficava indignado com freqüência, certamente. E quando ficou, sabemos que o caso era sério. Indignou-se por essas crianças serem empurradas para longe dele, uma vez que essa atitude era contrária ao seu pensamento sobre elas. Os discípulos fizeram mal às mães; eles repreenderam os pais por fazerem um ato materno--por fazerem, de fato, aquilo que Jesus amava que fizessem. Levavam seus pequenos a Jesus por respeito a ele; valorizavam uma bênção que viesse de suas mãos mais do que ouro; tinham certeza de que uma bênção de Deus viria, com o toque do grande Profeta. Podem ter esperado que um toque da mão de Jesus tornasse a vida de seus filhos alegre e feliz. Embora possa ter havido algo de fraqueza no pensamento dos pais, mesmo assim o Salvador não podia julgar duramente aquilo que surgiu de reverência pela sua pessoa. Por isso, ele indignou-se bastante ao pensar que aquelas boas senhoras, que quiseram prestar-lhe honra, fossem rudemente impedidas.

Fez-se também um mal às crianças. Os doces pequeninos! O que eles tinham feito para serem repreendidos por virem a Jesus? Não tencionavam atrapalhar. Pobrezinhos! Teriam caído a seus pés em amor reverente para com o Mestre de doce voz que encantava não só homens, mas crianças também, com suas palavras ternas. Os pequenos não tencionavam mal, e por que levariam a culpa?

Além disso, também havia o mal feito a ele próprio. Poderia deixar as pessoas pensando que Jesus era durão, reservado e auto-suficiente, como os rabinos. Ora, se pensassem que ele não podia condescender a crianças, teriam caluniado tristemente o bom nome de seu grande amor. Pois seu coração era um grande porto onde muitas embarcaçõezinhas poderiam ancorar. Jesus, o homem-criança, nunca esteve mais à vontade do que com crianças. Jesus, a criança santa, tinha afinidade com crianças. Seria ele representado pelos seus próprios discípulos como alguém que fecharia a porta para as crianças? Isso prejudicaria seu caráter. Portanto, entristecido pelo mal triplo que feriu mães, crianças e a si mesmo, ele ficou indignado. Qualquer coisa que fazemos para impedir uma querida criança de vir a Jesus desagrada ao nosso querido Senhor. Ele exclama: "Abram espaço. Deixe-os em paz. Que venham a mim, e não os impeçam.

"Outra coisa: isso era contrário ao seu ensino; pois ele prosseguiu para dizer: "Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele." O ensino de Cristo não era o de que existe algo em nós que nos capacita para o Reino; e que um certo número de anos poderá nos tornar capazes de receber graça. Seu ensino era todo em outra direção, ou seja, de que nós não devemos ser nada, que quanto menos somos e quanto mais fracos, melhor; pois quanto menos temos do eu, mais espaço há para a graça divina dele. Você pensa chegar a Jesus subindo a escada do saber? Desça; você se encontrará com ele ao pé dela. Pensa alcançar Jesus subindo o morro íngreme da experiência? Desça, meu caro escalador; ele está na planície. "Ah! mas quando eu for velho, então estarei preparado para Cristo." Fique onde você está, jovem; Jesus o encontra na porta da vida; você nunca esteve mais preparado para se encontrar com ele do que justamente agora. Ele nada pede de você a não ser que não seja nada, e que ele possa ser tudo em tudo para você. Este é o ensinamento dele, e mandar afastar a criança porque ela não tem isto ou aquilo é resistir abertamente à bendita doutrina da graça de Deus.

Mais uma vez, impedir os pequenos era bem contrário à prática de Jesus Cristo. Ele os fez ver isso; porque "tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou". Durante toda a sua vida, nada houve nele que se parecesse com rejeição e recusa. Ele disse verdadeiramente: "Quem vier a mim eu jamais rejeitarei." Se ele rejeitasse quaisquer pessoas por serem novas demais, o texto seria declarado falso de imediato, mas isso nunca acontecerá. Ele recebe todos que vêm a ele. Está escrito: "Este homem recebe pecadores e come com eles." Toda a sua vida poderá ser desenhada como um pastor com um cordeiro em seu seio: nunca como um pastor cruel atiçando seus cães atrás de cordeiros e tirando-os de perto, juntamente com suas mães.


(Charles Spurgeon, Pescadores de Crianças, capítulo 2 "Não impeçam as crianças")