quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Não só testemunhas e advogados, mas também exemplos.



C. H. Spurgeon

Na igreja cristã precisamos fazer maior uso da arte do chamariz; quer dizer, o exemplo, indo nós mesmos a Cristo, vivendo nós mesmos piedosamente em meio a uma geração perversa; nosso exemplo de alegria e tristeza, nosso exemplo de santa submissão à vontade de Deus na adversidade, e em toda forma de procedimentos benévolos, será o meio de induzir outros a entrarem no caminho da vida.
Naturalmente ninguém vai pôr-se a falar na rua sobre o seu exemplo pessoal.; mas não há pregador ao ar livre que não seja mais conhecido do que ele pensa. No seio da multidão pode haver alguém que conhece a tua vida particular. Uma vez ouvi falar de um pregador de praça pública a quem um ouvinte gritou: "Ah, João você não teria coragem de pregar dessa forma em frente da tua casa!" O que acontecera pouco antes, infelizmente, foi que o senhor João havia desafiado seu vizinho para uma briga e, portanto, não é provável que ele pregasse perto de sua casa. Isso fez daquela interrupção um verdadeiro desastre. Se a vida de alguém no lar for indigna, essa pessoa deverá viajar muitos quilômetros antes de levantar-se para pregar e, ao levantar-se, não deverá dizer nada. Os outros não conhecem, irmãos, sabem muito mais de nós do que podemos imaginar - e o que não sabem, inventam. O nosso comportamento e as nossas palavras devem constituir a parte mais poderosa do nosso ministério. Isso é o que se chama ser coerente, quando os lábios e a vida estão de acordo.
Abrevia-se o meu tempo, mas devo dizer uma palavra sobre outro ponto mais. Eu disse que a ação do Espírito Santo depende em grande parte do servo de Deus, mas devo acrescentar que também dependerá muito da classe de pessoas que rodeiam o pregador. O pregador que tenha que ir para o trabalho ao ar livre inteiramente só, estará em situação deveras infeliz. É estremamente proveitoso estar ligado a uma igreja zelosa e dinâmica que estará orando por você. Alguns pregadores são tão independentes que podem realizar seu trabalho sem auxiliares, mas serão sábios se não procurarem causar boa impressão com isso.

O Conquistador de Almas, PES, págs. 126 e 127.

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